terça-feira, 25 de junho de 2013

Rocambole de chocolate com buttercream de laranja

Venha cá, seu lindo
Uma massa fofinha de chocolate entremeada com um creme de manteiga (buttercream) feito com geleia em vez de açúcar de confeiteiro e recoberta com raspas de chocolate e de laranja. E aí, quem encara toda essa obscenidade? Confira a receita desse Rocambole de chocolate com creme de laranja!


quinta-feira, 20 de junho de 2013

Dias dos namorados e suflê afundado

Por que incumbimos tanto significado a datas? Se pararmos para pensar, muitos dos melhores momentos e recordações da vida não acontecem em datas que vêm marcadas em calendários comerciais. Acontecem pois tudo colaborou para que acontecessem em tal dia a tal horário e, a partir de então, aquela data se tornará especial. O momento especial determinou a data e não o inverso.

Essas datas de festas comerciais nos levam a criar muita expectativa pelos eventos do dia e já se sabe o que geralmente sucede as expectativas excessivas; decepção. Marcamos tudo com antecedência, embelezamo-nos, acertamos detalhes, tudo para garantir que a planilha milimétrica seja seguida. E quando é chegada a hora, parece que falta aquela magia da imprevisão e da imperfeição.

Não me entendam mal, meu dia dos namorados não foi tão desastroso quanto minhas divagações fazem parecer. Sim, os ânimos ficaram um pouco agitados no fim da noite, mas não posso culpar nosso relacionamento. Creio que assim seja menos preocupante. Porém, quando algo dá errado, parece que o resto do dia, em que tudo correu incrivelmente bem e sem planos, é esquecido. Então, esqueçamos as discussões e relembremos os 90% de maravilha restante. Incluo o suflê na contagem de maravilha, pois ficou magnífico em toda sua imperfeição. Talvez já fosse uma advertência do que se seguiria à noite.

Restaurantes foram abolidos das comemorações de dia dos namorados naquele dia. Recuso-me a pagar, ou deixar meu namorado pagar, a quantia exorbitante que os proprietários se vêem no direito de cobrar pela simples data de "dia dos namorados".

No almoço, preparei esse delicioso pho vietnamita com contrafilé, macarrão, moyashi, cebolinha, coentro e um caldo aromático divino. A receita sairá no Yahoo em breve.

A sobremesa acabou como lanche da tarde, pois não houve tempo. Fiz o suflê de chocolate com creme de arroz em vez do creme de leite. Fui a culpada pelo afundamento... confundi o tempo de forno... 

E uma cervejinha Sapporo para festejar com o meu amor.

quarta-feira, 19 de junho de 2013

"Donuts" de maçã

Essa receita deveria recair menos sobre a consciência e apenas deveria, porque ainda há fritura e muito açúcar envolvidos, embora as rodelas de maçã substituam a massa levedada tradicional do donut. Adoro esse jogo de "parece mas não é" e deixaria os comensais descobrirem conforme mordiscassem o que realmente há sobre a camada crocante de farinha de rosca panko.

Aproveitando que a fruta está em sua época, confira no link a seguir a receita desses "donuts" de maçã:

You fools shall be deceived, muahahah


quinta-feira, 13 de junho de 2013

Bolo de fubá com calda de limão siciliano, a.k.a. Nigella's Lemon Polenta Cake

Conhece aquela sensação de que há alguém te observando por trás das cortinas? Alguém que não percebe que deixou as pontas dos pés para fora da barra da cortina, um rato escondido de rabo para fora. Então, desistindo da árdua tarefa de se esconder, persegue-te descaradamente e a cada esquina que se dobra, lá está! É quando a rixa vai para o lado pessoal e você decide arregaçar as mangas. "É hoje, hoje vamos resolver essa encrenca".

Pois bem, uma receita me perseguia há algum tempo. E não era como se a encontrasse em versões diferentes, em revistas, em um programa de culinarista de televisão aberta às 11h da manhã, em outros sites, etc. Era especificamente essa receita da dona Nigella que vinha me perseguindo há algum tempo. Nosso primeiro encontro foi quando assisti a um episódio de sua série no computador. Depois, acabamos nos conhecendo melhor quando essa inglesa, a simpatia em pessoa, veio ao Brasil e decidiu prepará-la no programa da Angélica. Encontramo-nos novamente numa reprise do GNT. Quando bati os olhos nela no livro "Na Cozinha com Nigella" (uma das minhas últimas aquisições culinárias), eu já estava caidinha por ela. Ou ela por mim, quem sabe dizer...

Aconteceu assim tão de repente, tão profunda e espiritualmente. Agora, já nos chamamos por nomes mais íntimos. E devo dizer, sem me gabar das minhas habilidades no jogo da conquista, que ela se achegou mais a mim do que à sua própria criadora. Meu lindo bolinho não afundou como o original, ficou fofo e crescido (embora não se veja pelas fotos). E tô me gabando sim, so what?!

Coincidência ou não, hoje é dia de Santo Antônio e recomendo testar essa receita aí no seu doce lar. Quem sabe você também se apaixona por ela ou vice-versa...


Bolo de fubá com calda de limão siciliano

Adaptado de "Kitchen", de Nigella Lawson




Massa:
200g de manteiga sem sal em temperatura ambiente
200g açúcar refinado
200g de farinha de amêndoas
100g de fubá
1 e 1/2 colher de chá de fermento químico
3 ovos
Raspas de 2 limões sicilianos

Calda:
1 xícara de açúcar cristal granulado
Suco dos 2 limões sicilianos
Água
1 colher de chá de água de flor-de-laranjeira

Utilize a embalagem de manteiga para untar uma forma de fundo removível de 23 cm de diâmetro. Bata a manteiga em temperatura ambiente com o açúcar e as raspas de limão até ficar leve. Noutra vasilha, misture a farinha de amêndoas, o fubá e o fermento. Acrescente à mistura de manteiga e açúcar os ingredientes secos e os ovos, alternando os dois. Despeje na forma e leve ao forno a 180ºC por 40 minutos até estar completamente assado, já dourando nas bordas. Deixe esfriar numa grade.

Prepare a calda, fervendo o açúcar com o suco dos limões. Se a calda ficar muito grossa, adicione o quanto precisar de água para afiná-la, deve ser uma calda fina. Por último, desligue o fogo e acrescente a água de flor de laranjeira. Fure o bolo com um palito e despeje a calda fria sobre o bolo. Sirva em seguida.

terça-feira, 11 de junho de 2013

Queijo de macadâmia de corte


Esse queijo de macadâmia de corte é minha segunda tentativa de queijo vegano. Na primeira vez, preparei um queijo cremoso fermentado de castanha de caju, que talvez tenha ficado um pouco forte demais quanto à acidez para mim. Como a quantidade do queijo de caju foi muito grande, tive que congelá-lo. Sou a única que come esses queijos naturais por aqui, então acabam se prolongando. Já este último de macadâmia ainda sobrevive na geladeira, devorado aos pedaços diariamente. 

Retirei a receita do site do VegVida, que traz muitas informações e dicas para quem se interessa por esse tipo de dieta e também para os celíacos e intolerantes à lactose. A autora adaptou a receita do livro "The Uncheese Cookbook". Não tenho levedo de cerveja ou nutritional yeast e, talvez por isso,  ficou um pouco insosso para o meu gosto. Da próxima vez, tentarei fazer um queijo temperado com ervas finas e pimentas para dar uma acordada no paladar.

Queijo de macadâmia de corte

(a):
1/2 xícara de chá de macadâmias
1 colher de sopa de azeite
1 colher de chá de levedo de cerveja ou 1/2 colher de chá de vinagre de maçã
1 colher de chá de sal
1 pitada de cúrcuma

(b):
1 e 1/2 xícara de água
3 colheres de sopa de ágar-ágar
1 colher de sopa de polvilho azedo

Separe um recipiente para moldar o queijo e unte com azeite ou óleo. Triture (a) levemente do liquidificador. Leve (b) ao fogo médio e, quando levantar fervura, conte três minutos, mexendo sempre. Coloque (b) no liquidificador e bata até homogeneizar. Despeje no recipiente e deixe esfriar por alguns minutos antes de levar à geladeira. Depois de gelado, desenforme para servir.

quarta-feira, 5 de junho de 2013

Receitas da Arábia Saudita: kabsa, qatayef, muttabal, khiyar bi laban, gahwa arabiyah, atay bel nana, tumr bel nargine, harees

Influências de Fiona Apple à parte, título curto é bobagem. E link curto? Bobagem.

No dia 23 de maio, na faculdade, houve apresentações de trabalhos interdisciplinares sobre determinados países e regiões. Cada grupo tinha que preparar ao menos quatro pratos típicos do local escolhido e comentar sobre os costumes, além de entregar uma pesquisa acadêmica. França, Itália, México, Japão, Tailândia, Irlanda e Espanha deram o ar de suas graças, e eu e meu grupo nos aventuramos na Arábia Saudita.

As integrantes fantasiadas e os professores Valdete Stivanin e Rodrigo Anunciato

Culinária da Arábia Saudita
É um tanto difícil encontrar material em português sobre a culinária desse país, eu que o diga, por isso decidi ao menos compartilhar aqui as receitas que preparamos naquele dia e mais umas. Também deixo aqui nossa pesquisa para quem se interessar e quiser se aprofundar no assunto.

As receitas que escolhemos não foram as mais extravagantes que encontramos dentre a culinária saudita, mas certamente eram as menos complexas. Estávamos com medo que não conseguiríamos terminar tudo e éramos avaliados por isso. 


Tortinhas de cupuaçu

Adquiri o hábito, muito conveniente por sinal, de manter massas prontas no congelador. É muito reconfortante saber que quando bater aquela vontade de doce e a indolência for maior do que a proatividade, só preciso descongelar, assar e rechear com qualquer coisa que estiver dando sopa por aqui.

Tortinhas de cupuaçu
Essas tortinhas de cupuaçu com base de pâte sucreé são perfeitas para aqueles convidados de última hora em um café da tarde. A massa é a parte mais trabalhosa, por isso recomendo tirar um dia da semana para prepará-la e deixá-la estocada. O recheio pode ser uma geleia comprada pronta ou feita com a polpa congelada como é o caso dessa receita. Melhor ainda se usar a polpa da fruta fresca. Sirva com creme de ricota ou creme chantilly, ou cubra com um merengue e volte ao forno para dourar, ou decore com uma calda de chocolate, ou coloque flores comestíveis e folhas de hortelã. Certo, certo, já entenderam, o céu é o limite quanto à decoração ;)

Confira a receita aqui: "Receita simples de tortinhas de cupuaçu"